Segundo uma pesquisa realizada pela Webshoppers, em 2017, o e-commerce faturou R$ 47,7 bilhões de reais no Brasil. As compras e as vendas na internet só tendem a crescer, contrapondo-se às crises econômicas, e aliando-se aos avanços tecnológicos como forma de construir novos negócios. Mas será que o ambiente digital oferece as proteções necessárias para evitar riscos tanto de quem compra quanto de quem vende? Este texto abordará estas questões.
De acordo com outras pesquisas realizadas pela Ebit e pelo Atlas, as compras pelos smartphones ou tablets também apresentam um cenário de crescimento, mostrando que a tecnologia está fazendo e fará muito mais com as modalidades de negócios via internet. Mas antes de tentar empreender neste cenário ou até encher os carrinhos de compras em alguns sites, é necessário saber os caminhos seguros ou as ciladas para não ter dores de cabeça, apesar da comodidade e praticidade que os usuários têm de compras rápidas e ainda de receberem o produto em casa.
Para quem irá realizar compras online, há riscos que precisam ser observados. O primeiro diz respeito sobre o roubo de dados bancários ou de cartões de crédito, através de uma prática criminosa chamada “phishing”, em tradução livre, “pescaria”. Os criminosos tentam “pescar” os dados pessoais do usuário em um determinado site. Para contornar esse tipo de fraude, há duas possibilidades: instalar aplicativos “anti-phishing” e sempre deixar os antivírus, os antispywares e os firewalls devidamente atualizados no computador e, também, o sistema operacional do celular. Outros dois riscos observados são o recebimento de produtos danificados ou falsos e até o seu não recebimento.
Enquanto estiver navegando em um site, o usuário precisa estar atento a alguns elementos utilizados para burlar a sua compra segura: quando páginas estranhas ou semelhantes aparecerem automaticamente oferecendo promoções exorbitantes, quando e-mails que não se conhece a natureza aparecem na caixa de entrada ou vão direito para o SPAM e quando na barra da URL aparecer um certificado de segurança inválido, na cor vermelho e com o cadeado aberto. Nos sites seguros a barra é verde e o cadeado está fechado.
Também existem outras precauções importantes como investigar no meio digital sobre o site ou empresa que deseja realizar alguma compra, saber se existe rede social, site, telefone, e-mail ou endereço físico. Verificar, também, se o CNPJ aparece na Receita Federal e vasculhar em sites como o Reclame Aqui o que os outros usuários comentam sobre a empresa.
Para os usuários que querem vender na Internet de forma segura, os passos são quase os mesmos, porém mais cautelosos ainda. Escolher senhas fortes, sempre atualizar os dados cadastrais, finalizar a sessão quando terminar de utilizar o site, saber identificar e-mails falsos, deixar o computador protegido, não fazer downloads de softwares desconhecidos e não divulgar o e-mail utilizado no site da venda em qualquer lugar.
Além disso, identificar algumas mudanças no computador é primordial. Ele está com muita lentidão? Reinicia sozinho? Abre páginas automaticamente? Chegou a hora de entrar em contato com o técnico para formatá-lo imediatamente.
A internet não é uma terra sem lei, mas também pode oferecer riscos para os compradores e os vendedores. Manter a cautela e executar as ações acima diminuirá, drasticamente, qualquer risco de perdas ou crimes.